O Dia Internacional da Terra - História, Nuanças, Saga e Mitos 4

          A DERIVA CONTINENTAL E TECTÔNICA DE PLACAS



Desde fins do século XVI ou precisamente 1596, o holandês Abraham Ortellius, observando os fenômenos geológicos da Terra, através de evidências originadas das observações feitas em sua época, elaborou mapas de junção dos Continentes coerentes às linhas de Costa. A teoria da "Tectônica de Placas" é muito próximo dos nossos dias e tem sido feita com bastante clareza à compreensão de todos, através de observações à luz dos estudiosos da área a que se dispõe em pauta o presente trabalho. O Meteorologista Alfred Wegener, em sua teoria de Deriva dos Continentes, estabeleceu performance compreensiva e efusivo em suas intenções à todos os públicos, elaborou a sua teoria e determinou conforme a sua compreensão: Teoria da "DERIVA CONTINENTAL". Estabeleceu que, há 200 milhões de anos, todas as "Massas Continentais" existentes, estavam concentradas  em um "Supercontinente" e convicto, denominou-o  "PANGEA" ( do grego, PAN = TODA + GEA = TERRA ). A quebra do Supercontinente originário,inicialmente, duas grandes massas continentais: a Laurásia no hemisfério Norte e o Gondwana no hemisfério Sul segundo Alexander Du Troit, defensor difusa ideia Wegener. A Laurásia e o Gondwana teriam continuado o processo de separação, originando os Continentes que hoje conhecemos. Teoria Wegener: Se apoiava especialmente, na similaridade  das linhas da Costa da América do Sul e África, já visto por Ortellius ( evidências formações estruturas geológicas  presentes nos Continentes e pela distribuição de fósseis e plantas em ambos os Continentes. Problemas na teoria da "Deriva". Teoria Wegener - explicava de forma coerente, a distribuição dos fósseis, o ajuste das linhas de Costa e as dramáticas mudanças  de climas observadas em ambos os Continentes. Presença de sedimentos de origem glacial em locais onde hoje temos desertos, caso África. Pergunta Wegener n/ respondeu, Tratou-se: que tipo de força, conseguiria mover tão expressivas massas, à tão grandes distâncias? Alfred Wegener morreu durante expedição meteorológica à Groenlândia, em 1930. A ideia de comprovar a Teoria da "Deriva Continental" ocupou toda a sua vida. "Assoalho Oceânico": contribuiu nesta área, com referência a idade do "Assoalho Oceânico". Percebeu que os Oceanos mais rasos, eram mais jovens, ou seja, que a Crosta Oceânica mais profunda, é mais velha. Esta informação foi de relativa importância para a evolução da ideia formular a teoria da "Tectônica de Placas". "CONTESTAÇÃO TEORIA": a teoria foi muito contestada nos anos seguintes à sua morte, com o principal ponto negativo, o fato de que as  massas Continentais não poderiam se movimentar pelos Oceanos da maneira proposta sem se fragmentar inteiramente, o que foi argumentado por Harold Jeffreys, um renomado sismólogo inglês. No início da década de 1950, porém, as ideias de Wegener foram retomadas, face a novas observações e descobertas científicas ligadas especialmente aos Oceanos. Um novo debate surgiu sobre as provocativas ideias de Wegener e suas implicações. "Deriva Continental e Tectônicas de Placas". 1912 a 1915: TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL- 1912 a 1930:"DEBATES E CONTESTAÇÕES" - 1930: MORTE DE WEGENER NA GROENLÂNDIA. - 1930 a 1950 : TEORIA ABANDONADA NOS ESTADOS UNIDOS - 1950 a 1960 : REATIVAMENTO DA TEORIA. Exploração do "Assoalho Oceânico" - Magnetismo Fóssil  nas Rochas" - Deriva Polar; explorados por Bullard, Blac - Runcom, Dietz e Hess Geopoetry. Espalhamento do Assoalho Oceânico  ( GEOPOETRY, 1960 - 1962 ); Anomalias Magnéticas Oceânicas, asosciação ao espalhamento ( Matthews - Vinl ). Reversões do campo magnético, Datação de Derrames Continentais, Datação de Sedimentos Marinhos, Falhas Transformantes, Distribuição Terremotos ( COX, 1963 - 1966 ). Surge a Tectônica de Placas - Incorporando o espalhamento Assoalho Oceânico e as ideias de Deriva Continental ( Dietz, Hess - 1967 - 1968 ). Escala Temporal de Reversões - 1968 - 1970 ).

                                A DERIVA CONTINENTAL
 Principais Descobertas Científicas que causaram a retomada da discussão da ideia de mobilidade dos Continentes.
2. CONFIRMAÇÃO DAS REVERSÕES GEOMAGNÉTICAS NO PASSADO DA TERRA;
   
3. APARECIMENTO DA HIPÓTESE DO AFASTAMENTO DO ASSOALHO OCEÂNICO E CONSEQUENTE RECICLAGEM DA CROSTA OCEÂNICA;
   
4. COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA DE TERREMOTOS E VULCANISMO AO LONGO DE TRINCHEIRAS OCEÂNICAS E CADEIAS DE MONTES SUBMARINOS.

                            O ASSOALHO OCEÂNICO
           
           A FISIOLOGIA DO ASSOALHO OCEÂNICO



Durante as Guerras Mundiais, muito esforço feito para um mapeamento preciso do "fundo Oceânico, resultando em uma imagem inesperada: um "Assoalho Enrugado" com"Montes e Depressões", o que foi constatado quando da necessidade de implantação de "Cabos Telegráficos Submarinos".
Foram descobertas enormes cadeias de Montanha Submarinas, situadas no meio do Oceano Atlântico.


                                O ASSOALHO OCEÂNICO
     
                    Verificação da idade do Assoalho Oceânico


Acreditava-se que o "Assoalho Oceânico tinha em média 4 bilhões de anos e, portanto, deveria ter uma camada sedimentar bastante espessa. Em 1957, Sismólogos no Navio USS Atlantes, verificaram que em determinados locais a espessura dos Sedimentos era muito delgada.
 
                       

                                     A magnetização da crosta oceânica

No início da década de 1950, os cientistas utilizaram os "MAGNETÔMETROS" ( desenvolvidos na Segunda Guerra Mundial para a detecção de Submarinos ) para investigar a Crosta Oceânica. Era esperado que o material da "Crosta Oceânica apresentasse alguma resposta magnética, pois o "Basalto" contém minerais com "Características Magnéticas.


                                     Reversões do "Campo Geomagnético"

                     Verificação da existência das Reversões do Campo Geomagnético

Já no início do século XX, os Paleomagnetistas verificaram que  as "Rochas Terrestres" podiam ser classificadas em dois grupos: os que apresentavam "Polaridade Magnética compatível com a do Campo presente, e as que apresentavam polarização reversa. A Magnetização desta Rochas implicava em um processo que gerasse um "Padrão Simétrico" em relação a um "Centro de Espalhamento"; isto poderia ser explicado se as Rochas tivessem sido formadas  em um "Centro de Espalhamento", onde o material magnético registraria a direção e intensidade do "Campo Magnético" da época da formação. As conteriam, então, um registro do "Magnetismo Fóssil" da Terra.

         O ESPALHAMENTO DO ASSOALHO OCEÂNICO                                                                                  
 A HIPÓTESE DO AFASTAMENTO DO ASSOALHO OCEÂNICO E CONSEGUINTE   RECICLAGEM DA "CROSTA OCEÂNICA"              
                 

A evidência padrão simétrica de anomalias magnéticas, trazia uma questão importante, "qual processo da formação da Crosta Oceânica que explica este "PADRÃO?"
As teorias da época ( 1961 ) diziam que as "Dorsais Meso-Oceânicas" eram zonas de fraqueza da Crosta, onde o material do "Manto subjacente" se incorporava às Placas, afastando-as. Este processo, denominado espalhamento do Assoalho Oceânico, duraria milhões de anos, formando as "Cadeias Oceânicas" observadas.


FATOS QUE COMPROVAM A TEORIA DO ESPALHAMENTO DO ASSOALHO OCEÂNICO


1. As Rochas nas proximidades da "DORSAL" são muito jovens, aumentando sua idade com o afastamento da DORSAL;

2. As "Rochas mais jovens",, próximas da Dorsal, sempre apresentavam "Polaridade positiva"  (idêntica ao "Campo Geomagnético atual");


3. Havia um padrão de "Magnetização" que apresentava "SIMETRIA" em relação à Dorsal ( Rochas à mesma distância da DORSAL, apresentavam polaridade idêntica ). Isto mostrava a Simetria do Espalhamento, e a frequência de INVERSÃO da "MAGNETIZAÇÃO".

Problema: se  na "Dorsal Oceânica" havia contínua criação de Placas, e não havia evidência de que a Terra estivesse aumentando de tamanho, em algum lugar deveria estar havendo destruição de material.

                                       
                               TRINCHEIRAS OCEÂNICAS

Dois cientistas, DIETZ e HESS, postularam que, nas "Trincheiras Oceânicas" ( faixas estreitas ao longo do "Cinturão do Pacífico" muito profundas ), a Crosta Oceânica estaria sendo consumida, em contraposição com a criação da Crosta nas "Dorsais Oceânicas".


                              TERREMOTOS E VULCANISMO

         CONCENTRAÇÃO DE TERREMOTOS E VULCANISMO


Com o desenvolvimento dos "SISMÓGRAFOS" no início do século XX, os cientistas perceberam que os "TERREMOTOS" concentravam-se preferencialmente ao lado das "TRINCHEIRAS OCEÂNICAS e DORSAIS MESO-OCEÂNICAS.

                        A DISTRIBUIÇÃO DE TERREMOTOS

A implantação da rede mundial de "SISMÓGRAFOS", para detectar explosões nucleares clandestinas, trouxe grande avanço no conhecimento da distribuição dos abalos "SÍSMICOS".

                              A TECTÔNICA DE PLACAS                              COM  ESSES   DADOS, O  QUADRO MOSTRAVA-SE COMPLETO

Nas Trincheiras Oceânicas, havia destruição de Placa Oceânica; a concentração de "TERREMOTOS" nestas regiões, associados a VULCANISMO e evidência de material Oceânico no alto de Montanhas " ( como no caso dos "ANDES", por exemplo ), são evidências deste fato.

Nas Dorsais Oceânicas, havia a criação de Crosta por acresção de material do Manto às bordas das Placas,- esta construção de Placas era evidenciada pela idade progressiva da Placa ao se afastar da Dorsal, ao padrão magnético e a concentração de "TERREMOTOS" nestas regiões.

                           TIPOS DE BORDAS DE PLACAS
                                                     
                                 MARGENS DE ACRESÇÃO

Nas Dorsais Oceânicas, uma contínua separação entre duas Placas,, com acréscimo de material proveniente do Manto às bordas das Placas. E uma região de constante separação entre as Placas, injeção de novo material e crescimento lateral das Placas.

                            MARGENS DE CONVERGÊNCIA

Local onde duas Placas colidem, havendo subducção de uma delas. A elas estão associados os "SISMOS" que ocorrem em "TRINCHEIRAS OCEÂNICAS" profundas, arcos de "Ilhas e cinturões de Montanhas". No caso de uma das Placas ser Oceânica, normalmente ocorre um extensivo "VULCANISMO".

                             MARGENS DE CONSERVAÇÃO

As falhas transformantes são estruturas presentes nas Dorsais Oceânicas, que conectam dois seguimentos da Dorsal. Podem também conectar seguimentos de "Zonas de Subducção, mas o caso mais frequente é nas "Cadeias Oceânicas". neste tipo de margem de Placa, não há criação ou destruição de Placa, há apenas o deslocamento relativo entre duas Placas.

                           HOT SPOTS ( PONTOS QUENTES )

A maior parte do "Vulcanismo Terrestre" está associado aos processos que ocorreram nas bordas das Placas. Alguns pontos específicos são exceção, como por exemplo, a "Cadeia Vulcânica do Havaí".

em 1963, TUZO WILSON, que já havia descoberto as"Placas Transformantes", sugeriu um mecanismo diferente para este "VULCANISMO" que ocorria fora das regiões das bordas de Placas. Ele notou que em certas regiões, o Vulcanismo esteve ativo por um longo período de tempo, e sugeriu que deveria haver regiões pequenas, quentes e de longa duração - os pontos quentes  (  HOT - SPOTS).

                                         HOT SPOTS

 Vários "HOT-SPOTS" já foram identificados, a maioria no interior das Placas. Sugere-se que os "HOT-SPOTS", sejam a expressão de grandes "PLUMAS" de material proveniente da Interface do
  Manto/NÚCLEO - ( Camada D)", que atravessam todo o Manto e atingem a superfície.


Muito me apraz dizer-lhes o quanto estou feliz, em elaborar esses artigos em homenagem a "MÃE TERRA", ciente de que agora ela tem um dia que é seu e oficializado pela "Organização das Nações Unidas (ONU ) e que  o 22 de abril de todos os anos, esteja na consciência de todos, como um dia de reflexão e decisão, responsabilidade, respeito e coerência em favor do -" Meio Ambiente" a nível internacional e local em que o compromisso de respeito, fidelidade e amor, seja o lema de todos e que sua própria bandeira seja todos os dias hasteada, com "SLOGAN" correspondente aos seus sentimentos e que este "ESTANDARTE" uma vez erguido, fique como embutido, preso nas grades do seu coração, no lugar mais recôndito e puro das profundezas da sua "alma universal".

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