O GLAMOUROSO PESADELO

Sonhei demais, um "grande sonho - imensurável", sim sonhei aceleradamente o "tenebroso"; chovia copiosamente, sofria ante o desafio de um descabido  torpor, um verdadeiro descalabro, em cuja ansiedade, dilacerava a alma e o coração no atinente ao puro, ao sagrado, ao  profano, ao desmedido desalento das profundezas dos lugares mais recônditos da  metodológica razão e da comedida, deslumbrante e maravilhosa introspecção do espírito humano,  dividido entrementes, na curiosa interpretação de um realismo incomum de conhecimento da verdade plena, absoluta do claro, evidente e axiomático dissabor que ora se esvaía em um mar de ilusões ou perfeita miragem ao  vislumbrar água  em um "Deserto e um Oásis" este,  abandonado pela falta dos elementos úteis à sobrevivência. Fui tão longe e bem distante em devaneios;  sonhava que acordava e febril, espesso e voluntarioso, procurava assustado a interpretação de tudo aquilo quando estava a sonhar; divagando em dimensões infinitas das estrelas e do luar, nas cabeceiras de rios caudalosos e suas corredeiras (local geralmente tumultuado pela quantidade e velocidade das muitas águas em desalinho próximo às Cabeceiras de grandes rios em movimentação incomum); ainda oceanos e mares, lagos e lagoas, escalando montes nas cordilheiras, entrando em cavernas observando vulcões, transpondo países, continentes , cidades, fazendas e vilarejos, conhecendo sua gente em todas as etnias e assim encontrei o perigo, o intransponível; recompunha-me, conhecia meus limites de capacitações, enfim, chegava a hora de parar, mas continuava e algo me encorajava cada vez mais para frente, faltava-me apenas a "CAPA DE SUPER HERÓI DOS SONHOS". Subia uma ladeira, cansava, cansava. O espaço era íngreme e estreito e o mal cheiro insuportável, parava um pouco, tomava água do meu cantil de marinheiro de primeira viagem. Um grito de socorro ressoou em cujo eco determinante e abrangente aos quatro ventos e cada vez mais íngreme como um paredão, continuava a escalada.  E como ir adiante e como voltar? até porquê o meu intento era subir e subir para encontrar o que procurava, algo importante e desconhecido. O ímpeto de subir, era maior que o medo do íngreme e vertiginoso paredão inclinado e quase vertical. Parei, era impossível -esgotaram-se-me as forças. O "SOS", fora ouvido e dois seres disformes apareceram; movidos por força descomunal, levaram-me para outras dimensões. Era um "VELEIRO", uma espécie de "CARAVELA" doutros tempos no meio do OCEANO. Pareceu-me o tão famoso "Mar Tenebroso" de gigantescas criaturas. Estava o aludido à deriva  (sem Navegador ou bússola que indicasse aquele ponto desconhecido até então).  Veio a tempestade, ventos fortes, água entrava em grande quantidade. O Barco começava a afundar e delirando, fechei os olhos. De novo fui salvo: um grande Peixe levara-me às margens ( litoral de uma ilha deserta),  onde fui abruptamente deixado por àquela criatura dos mares.  quando   milhares de abelhas nervosas, espreitavam-me e logo caíam não podiam tocar-me.  O meu corpo estava untado pelo óleo do grande peixe; as aludidas,  ao sentirem o cheiro do peixe, caíam mortas, algumas escapavam, fugiam do odor desconhecido. Livrei-me das Abelhas, segui trilhas desconhecidas entre os "Matagais". Ouvia barulhos ensurdecedores e nada via. Imaginava Selvagens, mas apenas o barulho me atormentava. Conjecturei coisas e coisas; o medo do desconhecido era o meu "Barril de Pólvora" a explodir a qualquer momento, Ao  longe observei "GRANDES SERES" em luta voraz, pareceram-me "TITÃS", (histórias de HOMERO - e sua lendas - poeta cego de séculos a.C.), Fiz fogueiras, soltei fogos ao alto; avistei um navio que me salvaria; afinal não foi necessário, acordei. 

Considerações Finais

Apesar dos medos, de abalos, nas estruturas física, mental, espiritual, causando danos e expectativas durante dias por suas perplexidades e esperarmos sempre resultados negativos ou positivos, verificamos que nada acontece; entrementes concluímos que são variedades decorrentes de problemas existenciais que ocorrem no dia-a-dia, reflexos de comentários do presente, do passado e do futuro que previmos, de filmes que assistimos, comentários negativos ou positivos de reportagens   de redes televisivas e novelas das mesmas e da vida real que nos deixa consternados e aflitos; ainda discussões, arrependimentos, rancores, transtornos de um modo geral; toda esta gleba de ocorrências atingindo de forma aguda,  a essência, os recônditos da alma humana como um "Rolo Compressor" pressionando, esmagando a linha  que separa o sagrado do profano porquanto somos pecadores e a temos por certo desde a desobediência dos nossos primeiros pais - o tão fomentado "Pecado Original". A Parábola acima supracitada, trata-se de uma fantasia de imaginação, construída em forma simbólica e romanesca a fim de explicitar aos propensos e inclinados ao evento  denominado "SONHO" em que milhares de pessoas levam a sério, contribuindo com a "Contravenção Penal"- "O JOGO DO BICHO", ficando sem comer para jogar por ter sonhado com animais que vai dos números reais de 1 a 25; (do AVESTRUZ a VACA). Nos tempos antigos houveram os famosos "INTERPRETADORES DE SONHOS" em que se refuta o constante na revelação bíblica, esses afora os demais,  foram reais e de ordem divina, portanto não devemos confundir em termos de comparação e sim como disse Jesus de Nazaré: "DAI A CESAR O QUE É DE CESAR E A DEUS O QUE É DE DEUS"


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