Apologia ao Amor

Antigo e dócil como o sol que a “velha lua” apaixonada faz brilhar.
Precioso  qual metal cintilante que o mestre na bigorna não lapida.
Astuto qual  guerreiro valente e destemido em gloriosa batalha.
Doce como os favos do jatí e o mel do uruçu.
Puro como a modéstia dos santos.
Caliente como o sol de verão de um país tropical.
Cristalino como as águas dos montes em cachoeiras ou cascatas.
Fracionado e inteiro qual síntese da cara metade.
Imorredouro e suave como o Nectar dos deuses e a Ambrosia.
Amplo como as dimensões do infinito.
Singular como a pureza dos homens de boa vontade.
Rápido como a ave de rapina que escapa ao predador.
Paradoxal como a pequenez do homem ao contemplar a grandeza do oceano, vislumbrar a via láctea inserida na universalidade das galáxias, onde os mundos se equilibram no vácuo da gravitação universal.
Verossímil como a grande vizinha da praça Rodolfo Lins e parceiros do Messias de Gusmão, Ambrósio Lira, Desembargador Tenório, Antonio Pombo, Moreia e Silva e, Guido de Fontgalland.
Natural como as campinas dos bambuzais e os pássaros nas revoadas simétricas em direção e majestosa colina do Mulungú.
Saudoso como a rua da areia e cercanias, onde águas cristalinas descem de fontes em regatos ou arroios dos outeiros e vales e puros recantos do rincão quitundense.
Refrescante e Mavioso como os canaviais ou derredores dos engenhos de açucar: Guindaste, Coronha, Roncador, Araçá, Quitunde, Castainha e Castanha Grande.
Encantador  como a réstia da lua, “invasora, sutil e sem acepção”, com prenúncio de amor aos apaixonados e convite irresistível a seresteiros de memoráveis repertórios em segredados da alma humana.
Altaneiro como o Porto da Barcaça e o sorriso dos madeireiros daquelas paragens.
Ordeiro e gentil como as famílias: Lamenha Lins, Gonçalves, Buarque, Lessa, Lins Sarmento, Colaço, Lourenço do Monte e Gois Monteiro.
Aromático como flores silvestres que colorem a paisagem, fizeram-se brilhar as estrelas dos chefes de estado: Silvestre Péricles de Gois Monteiro, Antonio Lamenha Filho e Divaldo Suruagi.
Generoso Rincão de luz e nativismo; aflorastes ainda figuras impolutas, altruístas de valorosos políticos, em cujas pegadas, nobrezas, idealismos paradigmáticos fizeram surgir uma nova aurora de luz, ordem e progresso vertiginoso, numa estrutura de belo porvir; descansem em paz: Austeclínio Lopes de Farias, Salustiano Gonçalves, Beraldo Sarmento, José Lourenço do Monte e Antonio Lamenha Filho.

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