Genuínas Nuanças da Nova República Brasileira

                                                                   INTRODUÇÃO

Chovia copiosamente; escuras-acinzentadas areias, formando torpes lamaçais, salpicavam transeuntes em cujas pegadas deslizavam ao chão em eventuais poças escorregadias - emoldurava assim, quadros de sujeiras focados no supracitado. Em contrapartida, aspirávamos o cheiro da terra, adicionado a um receptivo e almejado frescor e incontida satisfação, posto quê, vislumbramos o arco-íris e o relampejar de raios, e ouvimos o ensurdecedor e magistral ribombar de trovões; entrementes prenunciadas pela gostosa trilha sonora do nosso inesquecível "REPÓRTER ESSO"
em suas emissoras de rádio,  anunciando  as tão aguardadas notícias dos mais recônditos lugares deste lindo país, deste gigante pela própria natureza, em seus oito milhões e meio de quilômetros quadrados, da sua abrangência em dimensões continentais (do Oiapoque ao Chui),  da diversidade na fauna e flora, das planícies, planaltos, outeiros e vales, cachoeiras e cascatas, seu complexo hidrográfico e lacustre e imenso litoral (Oceano Atlântico), da sua gente linda, produto da miscigenação ( mistura de raças). Era o fatídico 05 de agosto de 1954 na rua Tonelero de fronte ao número 180, Copacabana, Rio de janeiro;  residência do então jornalista investigativo o eloquente e corajoso dr. Carlos Lacerda.
Ora! naqueles dias turvos, conturbados da política nacional, tínhamos a sensação qual seja um barril de pólvora ou o estopim de uma bomba a explodir a qualquer momento nas narinas de nossa sociedade e no cenário em tela, locupleto e deixo explícito axiomaticamente, A direita então presidente da república brasileira Getúlio Vargas a esquerda bravo jornalista Carlos Lacerda. Entrementes, culminando com o fato da conhecida história do atentado ou crime da Rua Tonelero, em cujo saldo consta a morte do jovem oficial da Aeronáutica, Rubens Florentino Vaz e ferimento no pé do eminente Jornalista Carlos Lacerda; constando tiros efetuados por pistoleiros saídos das sombras às 0 horas e alguns minutos do dia 05 de agosto de 1954. A posteriori, surgiram histórias e controvérsias, refletindo o aludido acontecimento; também a prisão de alguns elementos. O conturbado mês de agosto daquele ano, levou o país a comoção nacional, quando do suicídio do então Presidente da República GETÚLIO VARGAS; ocorrência do dia 24 em cujo inglório acontecimento, deixou-nos ao relento e com a sensação de impotência e a alma dolorida por tão lastimável acontecimento na Pátria brasileira que tanto amamos, pelo rincão e solo sagrado que nos viu nascer.











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