Edith Piaf - O Mito a lenda

Edith Giovanna Gassion  (Edith Piaf); Paris 1915- 1963 (Provenza). Cantora, letrista francesa. Vida marcada pela desdita desde sua mais tenra idade logo exerceu uma influência decisiva, sobre seu estilo interpretativo, "Lírico e desgarrado ao mesmo tempo". Seu aspecto desvalido lhe valeu o nome pelo que é universalmente conhecido: PIAF ( Pássaro ou Pardal). Filha de um circense  e artista de ruas - Contorcionista, acrobata e uma cantora de cabaré, verdadeiros Saltimbancos ( Louis Alfonse Gassion e Anettia Giovanna Maillard, pseudônimo Line Marsus), tambem cantora de ruas. Lenda  versa que nasceu nos degraus de uma calçada da rua Belleville, 72, história afiançada pelo poder público pois no supracitado endereço vê-se uma placa de mármore claro onde está escrito: "Nos degraus desta casa, nasceu em 19 de dezembro de 1915, na maior indigência, ÉDITH PIAF, cuja voz mais tarde, comoveu o mundo". Sua infância foi triste. Seus pais se separaram muito cedo. Mãe alcoólica e enferma, entregou a custódia de Edith a seu marido (tambem alcoólico) e a avó paterna. Dada a situação econômica da família, Edith tinha que ganhar moedas, cantando em Calles e cafés de Paris. A situação piorou quando engravidou de Marcelle  aos 16 anos (1932), esta morreu aos 2 anos (Meningite). Dizem que com menos de 2 anos, seu pai entregou-a de volta a sua mãe que trabalhava em um Bordel (Bernay) na Normandia e que as prostitutas trataram-na com muito carinho e dos sete aos oito anos, ficou supostamente cega (queratite). Curou-se finalmente. Em 1922 passou a viver em companhia do pai que trabalhava em pequenos circos itinerantes. Aos 14 anos Edith cantou pela primeira vez  em público. Aos 15 anos passou a morar sozinha no grande hotel de Clemont, indo sozinha cantar no quatier Pigalle,  Ménilmontant e suburbios de Paris. Marcada pela tragédia da morte da filha, continuou a cantar em cafés e clubes de la calle Pigalle, um mundo de bairros mal recomendados de Paris da época. Início da base fundamental de sua carreira: cantando em la Calle um transeunte muito elegante parou para escuta-la, o senhor Louis Leplée, proprietário do cabaré Gerny`s, um dos mais conhecidos de Paris (Champs Elisées - Paris). Ele a iniciou na vida artística e a apelidou de "La Mome Piaf, expressão francêsa: ",Pequeno Pardal ou Pardalzinho", face ser de estatura baixa, l,42 cm. Seu benfeitor (Louis Lepèe), vendo o quão ficava nervosa ao cantar, ensinou-lhe como portar-se no  palco - usar vestido preto em apresentação - vestuário que não tardou tornar-se sua marca registrada como roupa de apresentação. Fez o referido, enorme campanha para a estreia de PIAF no GERNY´S com presença de varias celebridades: Maurice Chevallier e a grande vedete, Música Hall, Mistinguetl. Conheceu Raimond Asso e a compositora Margarite Monot que se tornou parceira grande e fiel por toda a vida. É de Marguerite as composições como "Mon Legionaire", "Rinme a Lámour, Milord," e "Les Amants dún Jour". Em 1936, contrato com a "Polydor"- primeiro disco: "Mome de la Cloche"- sucesso imediato. Em 6 de abril desse ano Leplée é asassinado em seu domicilio. Interrogada e acusada de cúmplice; absolvida mais tarde. Seu novo mentor Raymond Asso, mudou seu nome artístico para Edith Piaf, este recomendou Marguerit Monnot canções que tratar-se unicamente do passado Edith Piaf. Tornou-se o Ícone da canção francesa, amada pelo público e bastante difundida pelo radio. Em 1940 estreiou no teatro uma peça de Jean cocteau: Le Belle Indiferent, escrita especialmente para ela. Fez bastante sucesso em Paris e toda a França após a segunda guerra mundial, tornando-se famosa internacionalmente, excursionando pela Europa, Estados Unidos e América do Sul. Após publicação brilhante matéria de proeminente crítico de Nova Iork, viu seu sucesso crescer a ponto de se apresentar 8 vezes no Ed Sullivan Show e 2 no Carnegie Hael (l956-l957). Em 1947, conheceu o grande amor de sua vida - Marcel Gerdan (Pugilista) de nacionalidade francesa, este morrendo num acidente de avião em outubro de 1949 qu a deixou arrasada; quando inicia seus problemas de saúde e começa a tomar Morfina etc...Já acomnetida de um cancer, morre Edith Piaf em coma e mais uma hemorragia interna sem grito e sem uma palavra. seu falecimento anunciado oficialmente a 11 de outubro. Faleceu no mesmo dia em que seu amigo Jean Cocteau e enterrada no cemiterio  "Pere la Chaise" e mais de 40.000 pessoas acompanharam a sua última morada; uma comoção geral pela grande dama que fez grandes cantores a exemplo de Charles Aznavour e foi um grande exemplo de vida em suas brilhantes atitudes. "Assim "Jean Cocteau nos abre as cortinas para conhecer Piaf: "Permitam-me dizer que a sra. Edith Piaf é um gênio. Nunca houve nem nunca haverá outra Edith Piaf. Ela é uma estrela que se devora na solidão noturna do céu da França. É ela que contemplam os casais que ainda sabem amar, sofrer e morrer.Como será que canta? Como se expressa? Como tira do peito magro os grandes lamentos da noite? E eis que ela começa a cantar ou, melhor, que, como faz o rouxinol de abril, ela ensaia seu canto de amor. Uma voz que sai das entranhas, voz que percorre dos pés a cabeça,, desencandeia uma enorme onda de veludo negro. Essa onda quente que nos submerge, atravessa e invade. A magia está feita. Edith Piaf, como o rouxinol invisível pousado no galho,vai tambem tornar-se invisível. Dela só restarão o olhar, as mãos pálidas, a testa de cera que concentra a luz, e a voz que infla, sobe, sobe, pouco a pouco a substitui e, crescendo como sua sombra na parede, toma gloriosamente o lugar da menina tímida. Nesse minuto, o gênio que é a sra. Edith Piaf torna-se visível e todos o constatam, Ela se supera. Supera as suas canções, supera a música e a letra. Ela nos supera. A alma da rua penetra em todos os quartos da cidade. já não é a sra. Edith Piaf que canta: é a chuva que cai, é o vento que sopra, é o luar que estende o seu manto."`´E outubro de 1935, irá fazer 20 anos dalí a algumas semanas. Edith está se tornando a maior cantora da música francesa e também uma mulher admirável, reconhecidamente generosa, que sabe chamar para sí as luzes da cena, mais que não vive sem compartilha-las com aqueles que cruzam seu caminho e são merecedores de seu apoio. Saem dos bastidores a amizade com Yves Montand e Marlene Dietrich, o encontro com o ídolo Charle Chaplin, seu engajamento na resistência francesa e a ajuda aos prisioneiros de guerra na Alemanha, o trabalho com Les Compagnons de la chanson, amores frustações e tantos outros episódios para revelar Edith em seu palco. Piaf, a protagonista, segue contando sua própria história." (Prefácio de Jean Cocteau). Jean Cocteau, adota o estilo de Stendhal do modo desenvolto como utiliza a palavra gênio. Apresentação e Notas de Marc Robine, no rodapé poesia romanesca: Tinhas um nome de pássaro e cantavas com cem/ Como cento e dez mil pássaros/ Com a garganta em sangue... " ("A uma cantora morta") - rodapé da página 7. Das muitas canções de edith Piaf as que mais me impressionaram foram La Vie en Rose e Mon Legionaire, mais reconheço o seu talento sobre todas e que era sobretudo o ícone da música francesa e acrescento que ultrapassou os limites  e que inclusive os grilhões que forjavam suas capacitações, não conseguiram ter êxito em seu mundo lindo e maravilhoso no que se refuta o lado profissional da maior cantora francesa de todos os tempos, acreditando assim, que, a França se orgulha de sua atuação como artista e ser humano. Observação. Tive algumas fontes que me ajudaram em parte neste trabalho, entre elas a declaração das capas do Livro "No baile do acaso" no prefácio de Jean Cocteau, na apresentação de Marc Robine etc... etc... "Ao longo da relva,/ A água escorre e faz redimoinhos,/ O céu magnífico,/ fascina os arredores/ O grande sol joga bocha/ Coma as macieiras em flor,/ Os bailes diante da água escorre/ repetem canções de Paris.../ Dance, dance no baile do acaso,/ Dance, dance, meu devaneio!/ O amor escorre ao frio da água! Dance, dance, no baile do acaso/ Dance, dance, meu coração de pássaro" (N. de T.) - rodapé pag. 25.

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